Crescimento do Reino Unido aumentará "ainda mais" em 2014 e 2015
"Prevê-se que o crescimento se fortaleça ainda mais em 2014 e 2015", frisa o documento da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), estimando que o Produto Interno Bruto (PIB) crescerá 2,4% e 2,5% nos dois anos, respetivamente.
O documento afirma que apesar de a inflação ultrapassar a meta dos 2%, esta irá contudo cair gradualmente nos próximos dois anos.
Quanto ao emprego, sublinha o forte crescimento no setor privado, que tem compensado os cortes dos postos de trabalho no setor público e contribuído para absorver o aumento da força de trabalho, e estima para 2014 e 2015 uma queda da taxa de desemprego para 7,5% e 7,2%, respetivamente.
"Isto mitigou os aumentos da taxa de desemprego. No entanto, a taxa de desemprego permanece elevada e muitos trabalhadores gostariam de aumentar as suas horas de trabalho, o que sugere uma margem adicional de folga", frisa o relatório, antecipando que a participação no mercado de trabalho beneficiará da melhoria da economia e dos benefícios da reforma.
De acordo com o relatório da OCDE, a atividade económica no Reino Unido registou um impulso motivado por uma reviravolta no setor privado, pelo aumento da confiança monetária, pela política de recuperação no mercado imobiliário e por um ritmo mais brando na desalavancagem dos agregados familiares e no setor público.
O relatório destaca que o Banco de Inglaterra anunciou que pretende manter as taxas de juros baixas para apoiar a recuperação, esforços que a OCDE considera "bem-vindos" para acelerar a recapitalização do setor financeiro e sustentar a estabilidade financeira.
Além disso, a organização salienta que atenuar as barreiras existentes à oferta de habitação "é uma prioridade política importante para conter a inflação dos preços da habitação".
A OCDE destaca também a grande recuperação nos serviços, produção industrial, construção e vendas de retalho.
"No entanto, os salários reais continuaram a cair, com a inflação superior ao fraco crescimento dos salários nominais, com os salários a responderem à fraca produtividade do trabalho", diz.
A formação bruta de capital fixo parece ter ficado nos 13% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto os indicadores apontam para uma redução das taxas de utilização da capacidade nas empresas.
A OCDE diz ainda que a consolidação orçamental "deverá continuar".